quinta-feira, 16 de abril de 2009

Um ano

O Dani andou no primeiro infantário até fazer um aninho. Toda a gente lá o adorava.Era muito bem tratado e muito mimado. Durante todo o ano lectivo, só havia 4 crianças naquele berçário e ele era o único menino, por isso era um galã!
Desde pequenino que o meu filhote sempre foi muito elogiado pelas pessoas. Sempre se meteram muito com ele, e ele sorria sempre para toda a gente. Não estranhava ninguém. Ainda hoje ele é assim. Diz "olá" a toda a gente, agarra-se a toda a gente. O que muitas vezes me deixa envergonhada.
Em pequenito adorava música. Queria era dançar. Mas isso acho que todos os miudos adoram e dançam. Mas para ele a música acalmava-o. E gostava de ouvir com o som bem alto.
O meu reguila começou a andar com 14 meses. Lembro-me como se fosse hoje. Já andava agarrado às paredes e a tudo, mas tinha medo e no dia em que fez os 14 meses, aventurou-se e deu os primeiros passos.E depois não queria outra coisa. Esteve ali a andar de seguida ainda uns tempos, depois começou só a cair, pois estava cansado. E desde esse dia, os meus dias nunca mais tiveram sossego :D
O rapaz já não parava um segundo, mesmo sem andar, depois então, já não dava conta dele.
Para sair à rua com ele, era um desassosego. Ele fugia-me a toda a hora. Não queria dar a mão. Tinha a mania que já era crescido.
As nossas idas ao médico, fosse no posto médico ou às urgências, eram um martírio. O rapaz não parava quieto na cadeira um segundo que fosse.
As brincadeiras dele, eram abrir e fechar as portas, vezes sem fim. Se fosse daquelas automáticas, melhor.
Ou então ir para a casa de banho abrir as torneiras todas e ver a água a correr.
Desde pequenito que sempre foi maluco pela água. Adorava tomar banho. assim que o tirava, para o vestir era um castigo. Chorava, tanto, mas tanto, que me enlouquecia.
Adora praia. Quer é estar enfiado dentro de água o tempo todo. Não tem medo nenhum.
E esteja onde estiver, seja inverno ou verão, seja hoje, ou no passado, seja praia, rio, charco, banheira, ele despe-se logo todo e apronta-se para se enfiar lá para dentro. Tenho de ter 4 olhos para ele e 4 braços.
Mas lembro-me que nas nossas primeiras semanas de praia, ele nem a sesta queria dormir, batalhava contra o sono. As pessoas achavam imensa piada a ele. Pois não queria usar cuequinhas e andava ele de piloca ao léu, muito branquinho, e com uns olhões lindos. E passeava-se por cada barraquinha, a falar com as pessoas, no seu chinês. E se estivessem a comer, melhor ainda, ia lá pedir um bocadinho.Eu sei que as crianças fazem isso, ele tinha um ano e meio, e claro não percebia, mas eu ao mesmo tempo que me ria, não deixava de ficar embaraçada.

2 comentários:

  1. Lendo as tuas descrições revejo o meu filho com mesma idade. Imparável. Na praia o meu não se entretêm sentado com nada. Quer é ficar na água, até cair de exaustão. Ainda hoje tenho de ser eu a ver quando é que ele está cansado para o tirar da água. Muitas foram as vezes em que o tive de tirar à força, puxado-o pelo braço, com ele aos gritos por sair contrariado, mesmo já sem forças. E depois ter de suportar os olhos das pessoas todos em cima mim. Mas eu sentia que não tinha alternativa. Ou o tirava à força ou não tardaria a desmaiar.
    Um desgaste, não tenho saudades nenhumas desse tempo.

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  2. Querida mrs. Noris,
    é verdade! As outras pessoas a olharem para nós, quase a nos cruxificarem!
    E no ano passado imagina, que o meu filho foi operado aos ouvidos, não pude deixar de ir à praia. E fazê-lo entender, que não podia molhar a cabeça? Ou tirar os tampões? As pessoas deviam de achar que eu era doida, de estar sempre ali de volta dele a repetir-lhe as mesmas palavras, vezes sem fim!
    Beijinhos.

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